quarta-feira, 27 de outubro de 2010

gestão de risco

Hoje vinha no carro a pensar nas confidências que temos com nossos amigos, aqueles próximos que nos acompanham sempre, e na importância que hoje dou, e nos erros que não repetirei no futuro, de não me enclausurar no casulo de uma relação.

Na minha vida passada de mulher casada, sentia quase uma obrigação - mas sem sentir que o era - de considerar o meu marido como o meu melhor amigo e único confidente.
Cenas que aconteciam entre nós, não passavam para fora e cenas exteriores eram obrigatoriamente faladas entre nós (isto no sentido unilateral de mim para ele).

Falar com os meus amigos sobre coisas que me incomodavam nele era também, e isto vejo eu agora, uma declaração oficial e quem sabe não me teria ajudado a identificar o que hoje vejo tão claramente...

Se tivermos a felicidade de conseguir encontrar numa única pessoa o melhor amigo, amante e companheiro....hum... quase que diria que seria perfeito mas na realidade, hoje - e amanhã posso mudar completamente de ideia - se assim for, não terei espaço para os meus amigos. Claro que eles existirão sempre e serão sempre importantes mas prefiro ter um leque vasto de pessoas "especialistas" em várias matérias e assim ter acesso a diferentes pontos de vista.

Centralizar tudo numa única pessoa, mesmo sendo self-oriented, é como depositar todo o teu dinheiro num único banco. O risco é maior e em caso de bancarrota ficas arruinada.

2 comentários:

  1. Compreeendo, mas discordo.
    Na minha opinião, uma coisa não invalida a outra.

    Conseguires "encontrar numa única pessoa o melhor amigo, amante e companheiro" não é sinónimo de deixares de ter espaço para os teus amigos.

    Deves mantê-los... ou assim espero, porque também tenho interesse nisso ;)

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  2. Concordo totalmente. Mesmo que essa pessoa consiga ser companheiro no verdadeiro sentido, é fundamental ter outras pessoas, até para dar mais valor ao escolhido. ;)

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