sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sobre o comportamento

O M. na semana passada veio para casa com um vermelho no comportamento e um recado da professora para nós.

Tinha feito barulho na sala de aula e quando a professora o mandou sair para acalmar depois de ter tentado várias vezes que parasse, ele respondeu “Boa!”.

Ao contrário de ti, eu não fiquei magoada, fiquei estupefacta, quem é este miúdo?

Claro que todos os privilégios lhe foram cortados, não há consolas, não há Magalhães nem sequer podia usar os jogos dos telefones.

Para além disso teve trabalhos de português extra nesse fim-de-semana.

Só quando me apresentasse uma semana inteira de verdes e um pedido de desculpa à professora é que o castigo terminava.

Quem é este miúdo?

No fundo eu sei que o meu filho é um doce de menino que por ser muito tímido, tão tímido que em certas situações me chegava a doer, percebeu que ser o palhaço da turma é a forma mais rápida de ser aceite pelos colegas.

Por outro lado, estes pequenos problemas em reconhecer autoridade já se arrastam desde a creche.

De todas as vezes que mudou de educadora demorava sempre a obedecer-lhes.

Passavam sempre por um período de teste “Deixa-me lá esticar a corda para ver até onde é que consigo ir?”.

Donde é que isto veio?

E chego à conclusão que não sei lidar com isto, para além dos castigos e das conversas sentidas que não sei se farão o efeito desejado, sinto-me impotente para resolver este problema.


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