quinta-feira, 13 de outubro de 2011

faz-me cá uma comichão

Tenho uma empregada nova como já te contei. A Martha desapareceu assim que soube que de um que se contentava com pouco vinham aí mais duas, uma das quais não suporta ver um cotãozinho de pó no chão... temos pena!

Esta então chama-se Olga e veio por intermédio da empregada dos proprietários do nosso apartamento actual. Vem 3 dias por semana, 8 horas por dia e recebe 130 euros /mês.

No primeiro dia, às 15h estranhei que ainda não tinha parado para comer. Perguntei-lhe como era o almoço e ela respondeu que deveria estar incluído no pagamento. Bem... não estava a espera mas como estou em casa e tenho de fazer para mim e para a D, não me custa nada de juntar mais uma batata, pensei eu.

Deixei o que sobrou no tacho para ela aquecer e comer mas não lhe tocou. Pensei... não gosta de comida portuguesa ou não fui suficientemente clara. No segundo dia voltei a perguntar e diz-me que esteve ocupada a trabalhar e que, quando acabou entretanto o patrão chegou e decidiu ir embora. - Ok.... digo-lhe eu - Mas não volte a fazer isso; não pode estar um dia inteiro sem comer ou beber!

Si Señora, no Señora, gracias Señora.

Quando falei deste tema a conhecidas peruanas, responderam-me espantadíssimas que eu não deveria fazer nada; dou arroz ou feijão e que elas cozinhem para elas.
Eu achei aquilo um pouco estranho e acordei com a Olga que lhe deixaria numa caixa a comida para ela que poderia ser congelada ou não de refeiçoes anteriores; tudo bem.

Só te posso dizer que está cá faz cerca de 3 semanas e nunca a vi comer ou beber; nem à casa-de-banho, o raio da mulher.
Hoje optei por lhe dar um prato já com a comida, talheres e um copo de água, ao que ela, no quarto de passar a ferro deve ter comido.... mas não te garanto....

1 comentário:

  1. Estranhos hábitos... mas existe aí uma questão cultural (ou social) de relacionamento que tens de perceber para lidares com esse tipo de situações.

    ResponderEliminar