Depois de correr os meus habituais kms, desacelero o passo, volto para trás e desço as escadas ao lado do café do Mar dos Gémeos. Vou ao encontro do mar que bate com força e banha o chão irregular das rochas.. o vento é tão forte que levanta flocos de espuma das ondas e faz-os flutuar à minha frente. Sorrio.
Neste momento começa a música no iPod e fecho os olhos.
Por breves momentos esqueço que deixei a D em casa da B para vir correr.
Estico o pescoço e abro os olhos. Encontro um céu estrelado, a lua crescente e uma linha que se uniu à minha frente e o porque-teve-de-ser, a-vida-é-assim e não-há-mal-que-bem-não-traga a fazerem sentido.
Desço até à praia e apoio-me no muro para fazer as flexões; a música continua.
Alongo as pernas, os braços, respiro fundo e sinto-me em paz.
Quero absorver este momento e guardá-lo na minha memória.
Enquanto escrevo estas palavras, a mesma música toca.... assim:
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