terça-feira, 17 de abril de 2012

Tou uma crescida

Quando uma menina me roubou o lugar no estacionamento do ginásio, ainda estive 2 min. a tentar explicar-lhe que não tinha razão, mas depois desisti e pensei “o karma é lixado!”.

Não sei porquê tive consciência de que aquela menina não ia aprender a respeitar os outros, só por estar ali a discutir comigo.
A discussão só nos ia causar mal-estar às duas, ninguém ganharia nem aprenderia nada com isso e eu ainda ia chegar ainda mais atrasada à aula.

Já aprendi que não tenho que ensinar ninguém a fazer o que julgo ser correcto.
Não está nas minhas mãos.
É como o lema dos Alcoólicos Anónimos que fala em mudar o que está ao nosso alcance, aceitar o que não podemos mudar e saber distinguir as duas opções.

Para quem como eu, nunca foi capaz de desistir de uma discussão quando sei que tenho razão, apesar de muitas delas nunca levarem a lado nenhum … isto foi sem dúvida uma vitória!!!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aprendeu a ligar-me para o telemóvel

- Berlim é a capital da Alemanha, não é? E Munique também é uma cidade alemã, não é? … Estava aqui a ver umas coisas sobre o Mundial de Futebol da África do Sul …
(...)
- Encontrei um erro no livro de Português, mamã! (lê-me uma parte do texto) … “coração DE sua mãe”! Não é assim que se escreve, é “coração da sua mãe”!
(...)
- Não sei pôr o leite na caneca! Eu não sou capaz, vou entornar!
(...)
- Estava a ver o CartoonNetwork e o som não está certo com os bonecos estão a dizer …

Eu não tenho tempo para estar a ser interrompida a cada 5 minutos ... mas ele é tão doce ... fico tão derretida!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A importancia dos nomes

Hoje ao almoço o rapaz que me atendeu na fila para os hambúrgueres gourmet chamava-se “Wiviton”.
Aposto que tem uma mamã muito fashion!!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

apelido

Aqui no Perú, apesar de manteres a ordem pela qual escreves o teu nome completo, o apelido que conta é o materno.
Isto significa que eu, que sempre fui Euzinha + Apelido Paterno, sou agora Euzinha + Apelido Materno. E com todo o respeito pela familia e nome da minha Mãe, a verdade é que não sou eu, não me identifico e irrita-me que me tratem por outra coisa que não estou habituada.

E por isso, insisto no meu apelido paterno.
Dependendo do tema, como o e-mail profissional ou o nome do cartão de crédito, tenho conseguido resolver a situação, mas quando se trata de documentos mais formais ou até mesmo de uma consulta ao médico, trocam-me as voltas.
Já me chegaram inclusive a pedir, para preencher um formulario com os apelidos propositadamente alterados, para depois constarem correctamente, mas claro que me recusei.

Na pesquisa que fiz sobre este assunto, além que existe um apelido que se designa precisamente de Materno (- O seu apelido materno por favor? - Materno. - Sim, o materno por favor! - Já lhe respondi: Materno. - Olhe que tenho mais que fazer!! Quer me dizer o seu apelido materno ou não?? ....) aprendi que alguns países adoptam medidas diferentes quando se trata de apelidar os seus filhos.

"Aparte de España, el único país que se aparta de la norma general es Portugal, donde se utilizan los dos apellidos, primero el de la madre y luego el del padre, aunque a la siguiente generación sólo se transmite el segundo, el del padre.

Así, alguien que en España se llame "Juan Padre Madre" en Portugal se llamaría oficialmente "Juan Madre Padre", pero su nombre simplificado, para los amigos o el trabajo sería Juan Padre, y el apellido que transmitirá a sus hijos será también Padre.

- Francia: Hasta 2005 los hijos recibían obligatoriamente el apellido del padre. A partir de ese año, se puede escoger por transmitir bien el apellido del padre, bien el de la madre, bien los dos en el orden que se quiera.

- Reino Unido: Los británicos suelen poner a sus hijos sólo el apellido del padre, sin embargo, hay flexibilidad, y muchas parejas en las que uno o ambos miembros son extranjeros optan por hacerlo tal como lo harían en sus países. En los matrimonios, las mujeres tienen la opción de adoptar el apellido del marido, que pueden conservar incluso tras un divorcio. Es el caso, de Bianca Jagger, que no ha renunciado al apellido de su ex Mick Jagger.

- Suiza: Las personas sólo tienen un apellido que, hasta hace poco, era siempre el del padre. Hace unos años cambiaron la ley y dieron libertad para elegir entre los del padre y la madre. Al casarse, la mujer normalmente toma el apellido del marido, pero la mayoría mantiene además el suyo, con lo que pasa a utilizar los dos unidos con un guión.

- Holanda: Se utiliza un solo apellido -el del padre o la madre- que afectará a todos los hijos de la misma filiación. También es posible utilizar dos apellidos, como en España, pero para ello es preciso contar una razón de peso (el que uno de los progenitores sea español es una razón válida) y con un permiso de cambio de nombre que emite el Ministerio de Justicia y debe ir firmado por la reina Beatriz.

- Bélgica: También se utiliza un solo apellido que, por herencia del Código Napoleónico, es el del padre. No obstante existe la posibilidad de que una mujer solicite al Ministerio del Interior inscribir a su hijo con su propio apellido, por ejemplo en el caso de una madre soltera. En 2005, se propuso la implantación de los dos apellidos, pero la iniciativa no prosperó.

- Luxemburgo: Hasta hace unos años el único apellido por defecto era el del padre, pero ahora se permite elegir entre los apellidos del padre o la madre o una combinación de ambos.

- Alemania: Los matrimonios eligen un solo apellido como nombre de familia y tienen libertad para elegir entre los apellidos de la pareja. Con frecuencia, en el momento del matrimonio uno de los dos cónyuges asume el apellido del otro de manera que en el momento del nacimiento de los hijos el apellido de los hijos ya está determinado.

- Austria: Los hijos adoptan como apellido el nombre familiar que hayan elegido los padres en el momento de contraer matrimonio, cuando existe la opción de que ambos acuerden usar el apellido de uno de ellos o los dos unidos por un guión.

- Italia: Los hijos sólo reciben un apellido: el del padre si éste les reconoce, o en caso contrario sólo el de la madre, quien no pierde su apellido cuando se casa. En 2006, los socialistas presentaron un proyecto de Ley que permitiría poner los dos apellidos y elegir el orden, pero al iniciativa aún no ha prosperado."

as filhas que somos quando nos tornamos Mães

A frase de "não me arrependo de nada" sempre me custou a afirmar. E a compreender.

Como pode alguém levar uma vida sem nunca se ter enganado ou errado, ter feito sofrer sem o querer, sem ter dito uma palabra e arrepender-se no segundo seguinte?

Seria tão bom poder voltar atrás e corrigir alguns factos da minha vida, ou apagá-los da minha memória.

Não acredito que não há uma pessoa que não prefere fazer algo, o que for, de maneira diferente. Aliás, para isso temos o dito "se o tempo voltasse atrás" ou mesmo "se o arrependimento matasse".


Eu nunca me vou esquecer, e irei sempre lamentar, aquela primeira noite em que cheguei a casa já de madrugada deixando a minha Mãe em pânico de tão preocupada.
O que lhe disse - porque tenho este feitio horrivel de ter de ser sempre a última a falar - ficará sempre gravado na minha secção de arrependimentos graves.

Talvez a minha Mãe já o tenha esquecido.. e se eu lhe conto, para a seguir lhe pedir perdão, dá-me um beijo na testa como se nada fosse.
Mas sabes Mãezinha, agora eu tambem sou Mãe e tudo o que eu te dei, vou receber agora em dobro ou mais, não te preocupes.

A D encarregar-se-á disso mais cedo que eu gostaria.

domingo, 1 de abril de 2012

novos costumes

Desde pequena que os meus pais, e creio que todos os pais da geração dos nossos, me ensinaram a ser independente e despachada. Porque eles próprios, não dependiam de ninguém.

E assim cresci. Com vontade de crescer rápido, ser adulta e senhora de mim, para não depender de ninguém para me dar boleia até à praia, para me dar dinheiro para comprar roupa, para me dar autorização para sair. Quando me tornei adulta, alcancei o que durante anos sonhei: ser independente.

Claro que hoje sabemos que a independência é muito relativa pois afinal condicionas a tua vida dependendo da entidade empregadora, do teu salário, do crédito no banco, das responsabilidades para com a familia.
Mas a característica de ser "desenrascada" e de poder virar as costas ao mesmo tempo que digo "não preciso de ajuda de ninguém" sempre me deu uma sensação de liberdade.
Chama-se orgulho eu sei. Podes até mesmo dizer arrogância, mas o principio continua a ser o mesmo: "arranja-te sozinha!".

Inclusive ao nível de relaçoes anteriores, a mais marcante a do meu ex-casamento obviamente, este conceito se manteve, não fosse pelo simples facto de passar a maior parte do tempo na companhia apenas da minha pessoa.

Mas, tudo bem, nunca me fez grande confusão; era aliás, um comportamento natural.

Hoje, pelo contrario, tenho ao meu lado um homem que me acompanha em todos os pormenores. Se lhe digo que marquei uma consulta, ele não me pergunta o dia e a hora, simplesmente que "vamos os dois". Se não tem espaco para estacionar e eu digo-lhe que vou num instante sozinha, ele responde que "vamos todos juntos". E aquela mensagem ao sair do emprego, para avisar que - cada um de nós, vai a caminho de casa, já se tornou um hábito carinhoso.

Me encanta os ideais que ele defende para a nossa relação, como par, e como pais..

Não estou habituada a este nível de companheirismo sabes...e é um hábito que quero continuar a praticar.