domingo, 1 de abril de 2012

novos costumes

Desde pequena que os meus pais, e creio que todos os pais da geração dos nossos, me ensinaram a ser independente e despachada. Porque eles próprios, não dependiam de ninguém.

E assim cresci. Com vontade de crescer rápido, ser adulta e senhora de mim, para não depender de ninguém para me dar boleia até à praia, para me dar dinheiro para comprar roupa, para me dar autorização para sair. Quando me tornei adulta, alcancei o que durante anos sonhei: ser independente.

Claro que hoje sabemos que a independência é muito relativa pois afinal condicionas a tua vida dependendo da entidade empregadora, do teu salário, do crédito no banco, das responsabilidades para com a familia.
Mas a característica de ser "desenrascada" e de poder virar as costas ao mesmo tempo que digo "não preciso de ajuda de ninguém" sempre me deu uma sensação de liberdade.
Chama-se orgulho eu sei. Podes até mesmo dizer arrogância, mas o principio continua a ser o mesmo: "arranja-te sozinha!".

Inclusive ao nível de relaçoes anteriores, a mais marcante a do meu ex-casamento obviamente, este conceito se manteve, não fosse pelo simples facto de passar a maior parte do tempo na companhia apenas da minha pessoa.

Mas, tudo bem, nunca me fez grande confusão; era aliás, um comportamento natural.

Hoje, pelo contrario, tenho ao meu lado um homem que me acompanha em todos os pormenores. Se lhe digo que marquei uma consulta, ele não me pergunta o dia e a hora, simplesmente que "vamos os dois". Se não tem espaco para estacionar e eu digo-lhe que vou num instante sozinha, ele responde que "vamos todos juntos". E aquela mensagem ao sair do emprego, para avisar que - cada um de nós, vai a caminho de casa, já se tornou um hábito carinhoso.

Me encanta os ideais que ele defende para a nossa relação, como par, e como pais..

Não estou habituada a este nível de companheirismo sabes...e é um hábito que quero continuar a praticar.

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