terça-feira, 5 de julho de 2011

Discussão de dois com quatro

Eu não me afasto dos filhos para discutir, as discussões acontecem quando têm de acontecer e não acho mal nenhum nisso.
Desde que as discussões sejam civilizadas e não se esteja a falar de traições ou outros assuntos que não sejam apropriados para os ouvidos mais pequenos.
Já aconteceu pedir-lhes que nos deixem sozinhos 5 minutos para continuarmos a discussão.

Desisti cedo dessa teoria de não ir para cama sem fazer as pazes antes.
Bastou ter ficado a discutir até altas horas da noite sem qualquer resultado que não seja uma enxaqueca por falta de sono, para ter percebido que essa regra não faz sentido para mim. Muitas vezes precisamos de mais tempo para acalmar, ver as situações com outros olhos, voltar a discutir o mesmo assunto e tentar resolver alguma coisa.
Ou então perceber que nenhum de nós vai mudar, algumas questões vão voltar a surgir e havemos de aprender a lidar com elas.

Com filhos a minha versão de bater a porta e sair de casa, é apenas ir para outra divisão onde ele não esteja, o que retira algum dramatismo à cena, mas por agora é o que se pode arranjar.

É certo que os miúdos não percebem que precisemos de um tempo, mas não me custa nada explicar que estou chateada porque discuti com o pai e por isso não estou com grande disposição para brincadeiras. E fica tudo bem, desde que expliques o que se está a passar e eles não fiquem a inventar cenários nas suas cabecinhas.

Eu também amuo, amiga, quem é que não o faz?
Às vezes acaba por ser ridículo porque mais uma vez por causa dos filhos somos obrigados a falar um com o outro, nem que seja para combinar quem é que vai buscar quem ou explicar algum outro detalhe qualquer do nosso dia-a-dia.
Nem se pode ficar amuado em paz, hein?

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