sexta-feira, 5 de agosto de 2011

dia de emoções

Foi ontem que, com o envio do sms para todos os meus contactos da mudança do meu número de telemóvel, tornei a minha demissão oficial.
Choveram vários sms a perguntar se estava tudo bem e o que tinha acontecido, para onde ia e a desejar boa sorte. (por acaso, até tive de me conter a responder aos sms porque agora sou eu que pago....)

Hoje então, fui às instalações do cliente despedir-me dos meus colegas e das restantes pessoas com quem trabalhei durante quase 3 anos.
Ficaram todos surpreendidos pela mudança radical mas acompanharam-me no entusiasmo. Desejaram-me toda a felicidade e teceram-me elogios que me deixaram emocionada. Aliás a minha emoção começou no piso 0 e quando cheguei ao 4º, já não consegui reter as lágrimas e abracei-me à user-tester da aplicação de indexação que por sua vez chorou também.

Trouxe os meus cadernos de apontamentos, a caneca e a carteirinha do chá verde; deixei o cartão de acesso e com mais beijos e promessas de manter o contacto (que com alguns já sei que não acontecerá), saí. Deixei para trás o reconhecimento e o respeito de todos e isto....não tem preço!

Fui almoçar com uns amigos e ex-colegas do banco e, também a eles, contei as novidades. Consta que, segundo a sua opinião unânime, é preciso ter muita coragem para fazer uma coisa destas; já eu... acho que é preciso muita vontade e desejo, um certo nível de loucura mas principalmente... um completo desespero!

No final da tarde, o M veio buscar a menina para uma semana de férias e discutimos porque agora - como ainda não assinou o acordo - faz chantagem em qualquer altura e por qualquer motivo. Ele tinha a embalagem do protector solar que eu lhe pedi para ele levar e pôr à menina, e com toda a raiva atirou-a ao chão, acusando-me de fazer isto a pensar unicamente em mim.

Passada meia-hora de ele ir embora e de eu limpar as minhas lágrimas, a minha amiga toca à campainha e cai nos meus braços desesperada a chorar, toda marcada de nódoas negras porque o marido a agrediu. Também chorei com ela, e beijei-lhe a cara cheia de lágrimas; e que vai passar tudo e que aquele-cabrão-filho-da-mãe vai pagar por isto tudo! Acompanhei-a a casa, tirámos fotografias de tudo que ele tirou lá de casa e mudámos a fechadura.
Deixei-a em casa da mãe dela que entretanto já tinha a neta - e que por sua vez assistiu à agressão dos pais.... - para tomar um banho e mudar de roupa, porque enquanto estava na policia apareceu-lhe a menstruação e o seu sangue misturou-se com o sangue das feridas de ele a ter arrastado pela casa pelos cabelos...................

Amiga.... nem sei o que te diga do dia de hoje.....

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