Ontem à tarde no paredão
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Ainda sem banda sonora, não é, ma?
Reparei que ninguém corre aos domingos ao fim do dia, só encontrei famílias e casalinhos a passear, porque será?
Amiguinha, vou começar a publicar os meus tempos …
A próxima prova está mesmo a chegar e eu estou farta de ficar sempre para o fim.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
tatoo for 2
Hoje um colega meu chegou com uma tatuagem nova.
Trata-se da combinação das iniciais do primeiro nome dele e da namorada, com um símbolo que representa, no yoga, a união. Quem desenhou foi a namorada, que também fez a tatuagem e também na parte interna do pulso. Esqueci-me de perguntar se fizeram nos pulsos de lados diferentes para assim, quando caminharem de mãos dadas, terem as tatuagens juntinhas….
Confesso que fiquei enternecida. Achei uma atitude tão amorosa..
Mas além de ter me ter emocionado também me entristeceu; fiquei com (alguma) pena de hoje sentir que já não sou capaz dessa entrega cega. Aquela paixão ingénua que me garante que vou ficar junto daquela pessoa para o resto da minha vida. Afinal a tatuagem é para sempre….
Claro que se pode fazer como a Angelina e tentar disfarçar mas… no momento, eu opto por marcar a minha pele, o meu maior órgão, com as iniciais do meu companheiro. Foda-se…. é um acto de coragem! e se a coisa dá para o torto? De cada vez que limparem as lágrimas lá vão ter aquela tatuagem mesmo à frente dos olhos, para lhes lembrarem que um dia juraram amor eterno.
É que eu já passei por isso e afinal foi fácil – comparado com a tatuagem – tirar as nossas fotografias espalhadas pela casa, de tirar a roupa dele do armário, alterar o contacto dele no telemóvel de Paixão para Cabrão…. é que com a dor ainda me dava para raspar com uma lâmina ou queimar com um maçarico…. Xiça!
Mas o pessoal é jovem e o que se quer são atitudes de elogios ao amor!
‘Tá decidido! vou fazer como eles!!
Afinal… sempre posso escolher uma parte do corpo mais recatada tipo.. a parte interna de uma nádega ou não sei…
Trata-se da combinação das iniciais do primeiro nome dele e da namorada, com um símbolo que representa, no yoga, a união. Quem desenhou foi a namorada, que também fez a tatuagem e também na parte interna do pulso. Esqueci-me de perguntar se fizeram nos pulsos de lados diferentes para assim, quando caminharem de mãos dadas, terem as tatuagens juntinhas….
Confesso que fiquei enternecida. Achei uma atitude tão amorosa..
Mas além de ter me ter emocionado também me entristeceu; fiquei com (alguma) pena de hoje sentir que já não sou capaz dessa entrega cega. Aquela paixão ingénua que me garante que vou ficar junto daquela pessoa para o resto da minha vida. Afinal a tatuagem é para sempre….
Claro que se pode fazer como a Angelina e tentar disfarçar mas… no momento, eu opto por marcar a minha pele, o meu maior órgão, com as iniciais do meu companheiro. Foda-se…. é um acto de coragem! e se a coisa dá para o torto? De cada vez que limparem as lágrimas lá vão ter aquela tatuagem mesmo à frente dos olhos, para lhes lembrarem que um dia juraram amor eterno.
É que eu já passei por isso e afinal foi fácil – comparado com a tatuagem – tirar as nossas fotografias espalhadas pela casa, de tirar a roupa dele do armário, alterar o contacto dele no telemóvel de Paixão para Cabrão…. é que com a dor ainda me dava para raspar com uma lâmina ou queimar com um maçarico…. Xiça!
Mas o pessoal é jovem e o que se quer são atitudes de elogios ao amor!
‘Tá decidido! vou fazer como eles!!
Afinal… sempre posso escolher uma parte do corpo mais recatada tipo.. a parte interna de uma nádega ou não sei…
domingo, 30 de janeiro de 2011
elogio ao amor
"O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
by Miguel Esteves Cardoso, 2005
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
by Miguel Esteves Cardoso, 2005
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Tesourinhos recorrentes
É recorrente ver homens que pensam estar muito bem vestidos com o seu fatinho da praxe, ao qual faziam falta uns retoques de um bom alfaiate e ignoremos a cor duvidosa.
Armados em chiques com botões de punho, mas com sapatos dignos de um trabalhador das obras.
Porque é que se esquecem sempre dos sapatos?
Que tal limpá-los e engraxá-los de vez em quando? Boa?
Armados em chiques com botões de punho, mas com sapatos dignos de um trabalhador das obras.
Porque é que se esquecem sempre dos sapatos?
Que tal limpá-los e engraxá-los de vez em quando? Boa?
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
o homem da obra
Foi num daqueles raros dias em que não chego a horas de deixar o carro no descampado na zona do agarrado 2 (são três no total, cada um com a sua área bem delimitada; não sei como fazem.. talvez urinem para marcar...).
Saio do emprego a meio da tarde para deixar moedas no parquímetro, mas antes de o fazer vou até ao carro não tivesse já alguma cartinha da Emel. No caminho passo por uns homens-das-obras que ali descansavam e eis que um suspira em alto e bom som:
- aiiii-aiiiiiiiii.....
Ignoro. Subo de novo a rua, depois de confirmar que precisa de mais um ticket, e eis que o dito senhor se exprime novamente:
- aii-aiiiiiiiiiiiii....
Bem... volto a ignorar.
Toca de pôr moedas, sacar do ticket e de novo a descer a rua:
- aiii- AIIIII!!!
- olhe como é que é?! posso passar por aqui ou vou ter de o ouvir suspirar outra vez?
- então mas já não se pode suspirar? (responde-me o ranhoso)
- POSSO PASSAR OU NÃO?!
- (nada... )
Deixei o ticket e subo a rua com um olhar directo e fulminante para o artista a ver se ele se atrevia... mas nada.... sossegadinho...
Admito que o senhor não me faltou ao respeito mas afinal a ousadia só lhe dá para aquilo?
Ó homem, seja criativo!
Saio do emprego a meio da tarde para deixar moedas no parquímetro, mas antes de o fazer vou até ao carro não tivesse já alguma cartinha da Emel. No caminho passo por uns homens-das-obras que ali descansavam e eis que um suspira em alto e bom som:
- aiiii-aiiiiiiiii.....
Ignoro. Subo de novo a rua, depois de confirmar que precisa de mais um ticket, e eis que o dito senhor se exprime novamente:
- aii-aiiiiiiiiiiiii....
Bem... volto a ignorar.
Toca de pôr moedas, sacar do ticket e de novo a descer a rua:
- aiii- AIIIII!!!
- olhe como é que é?! posso passar por aqui ou vou ter de o ouvir suspirar outra vez?
- então mas já não se pode suspirar? (responde-me o ranhoso)
- POSSO PASSAR OU NÃO?!
- (nada... )
Deixei o ticket e subo a rua com um olhar directo e fulminante para o artista a ver se ele se atrevia... mas nada.... sossegadinho...
Admito que o senhor não me faltou ao respeito mas afinal a ousadia só lhe dá para aquilo?
Ó homem, seja criativo!
como é que é?
Quando vou buscar a D à escola, pede-me sempre para uma amiga vir para nossa casa. Umas vezes deixo, outras não estou com paciência ou não me dá mesmo jeito.
Na última situação em que a resposta foi um bicudo hoje-não-pode-ser, a D começa a chorar e a teimar no típico vá-lá-Mamã-vá-lá. Mas não é não e toca é sair dali rapidinho para não dar mais azo à choradeira.
Já no carro explico-lhe que não pode fazer aquela figura de cada vez que eu digo não. Ela responde-me que fica triste, e é claro, digo eu, compreendo; podes chorar porque estás triste mas não precisas de fazer birra!
- e como é que eu faço Mamã?
- então... podes deixar as lágrimas caírem mas compreendes que por vezes não pode ser e não insistes.
- mas posso fazer só um bocadinho Mamã? é que não sei chorar sem fazer birra....
(pois... isso já tinha eu reparado..)
Na última situação em que a resposta foi um bicudo hoje-não-pode-ser, a D começa a chorar e a teimar no típico vá-lá-Mamã-vá-lá. Mas não é não e toca é sair dali rapidinho para não dar mais azo à choradeira.
Já no carro explico-lhe que não pode fazer aquela figura de cada vez que eu digo não. Ela responde-me que fica triste, e é claro, digo eu, compreendo; podes chorar porque estás triste mas não precisas de fazer birra!
- e como é que eu faço Mamã?
- então... podes deixar as lágrimas caírem mas compreendes que por vezes não pode ser e não insistes.
- mas posso fazer só um bocadinho Mamã? é que não sei chorar sem fazer birra....
(pois... isso já tinha eu reparado..)
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Marley e eu
Ontem não resisti a ver parte deste filme.
Já sabia que me ia fazer chorar no fim e por isso andei a evitá-lo, mas ontem não consegui resistir.
A história tinha muitas coisas em comum com a nossa, tal como deve ter com as histórias de quem tem cães.
O Marley ficava à espera que os miúdos viessem da escola e o nosso ficava todos os dias à nossa espera na esquina da casa. Todos os dias. Até não puder mais.
Foi difícil ir aperceber-me do envelhecimento do cão no filme …
E fez-me voltar à um ano atrás quando tivemos que tomar aquela decisão terrível.
Lembro-me das palavras do veterinário “Quando chegar a altura, vocês vão saber”.
Tinha razão, quando chegou a altura não tivemos mais dúvidas, mas não deixou de ser uma decisão terrível, que não queria tomar, da qual queria fugir a sete pés.
Mas não é esse o nosso papel, tivemos que o ajudar a partir da melhor forma possível quando a altura chegou.
Fico com um nó na garganta só de escrever sobre isto.
Por isso é que não sei se será boa ideia ter outro cão da mesma raça, até já falei com o criador onde o fomos buscar, mas não sei… temos uma imagem dele e o novo cão nunca há-de corresponder … é outra criatura, não tem como ser igual.
Já sabia que me ia fazer chorar no fim e por isso andei a evitá-lo, mas ontem não consegui resistir.
A história tinha muitas coisas em comum com a nossa, tal como deve ter com as histórias de quem tem cães.
O Marley ficava à espera que os miúdos viessem da escola e o nosso ficava todos os dias à nossa espera na esquina da casa. Todos os dias. Até não puder mais.
Foi difícil ir aperceber-me do envelhecimento do cão no filme …
E fez-me voltar à um ano atrás quando tivemos que tomar aquela decisão terrível.
Lembro-me das palavras do veterinário “Quando chegar a altura, vocês vão saber”.
Tinha razão, quando chegou a altura não tivemos mais dúvidas, mas não deixou de ser uma decisão terrível, que não queria tomar, da qual queria fugir a sete pés.
Mas não é esse o nosso papel, tivemos que o ajudar a partir da melhor forma possível quando a altura chegou.
Fico com um nó na garganta só de escrever sobre isto.
Por isso é que não sei se será boa ideia ter outro cão da mesma raça, até já falei com o criador onde o fomos buscar, mas não sei… temos uma imagem dele e o novo cão nunca há-de corresponder … é outra criatura, não tem como ser igual.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
yaaac!!
Tu também tens de esconder as guloseimas em tua casa?!
Na minha posso ter chocolates, gomas, chupa-chupas, rebuçados... tudo à vontade que a D não lhes toca!!
Só tenho de esconder uma coisa que ela adora e sempre que lhe dou essa oportunidade, devora o pacote todo......
.... da polpa de tomate!
Na minha posso ter chocolates, gomas, chupa-chupas, rebuçados... tudo à vontade que a D não lhes toca!!
Só tenho de esconder uma coisa que ela adora e sempre que lhe dou essa oportunidade, devora o pacote todo......
.... da polpa de tomate!
foste tu?
Mas quem é que disse ao raio do gato vadio que nós chegamos às 19h a casa?!?!?
a avó e a neta
Cerejinha, creio que nunca te cheguei a contar que no inicio da separação com o M, quando ainda pensava que teríamos outro acordo financeiro, andei a ver casas para alugar e viver com a minha menina, onde a renda mensal não fosse superior ao que pagava da prestação da casa, que comprámos juntos …
Dos vários anúncios que vi, e das várias lágrimas que chorei por ter ficado numa situação com uma qualidade de vida inferior, de ter de escolher outra escola para a minha menina e do conforto que a nossa casa tem… combinei com uma agência imobiliária e fui visitar um T1 na zona da Parede já a caminho de São Domingos de Rana. Foi a única casa que vi! E era num prédio de 3 andares, em que à entrada se sentia o cheiro da humidade e mofo, o chão da sala e do quarto era forrado a corticite, e a sala, a assoalhada maior, não tinha mais de 9 m2.
Na altura aceitei. Não tinha outro remédio! Não era vergonha nenhuma, não roubava, não me prostituía, e sabia que faria tudo para fazer a minha menina feliz e quentinha.
Mas no fundo… sofri muito!! E a verdade, por triste que seja, é que o M permitiria que a filha fosse viver numa casa naquelas condições. Sem aquecimento, onde teríamos de partilhar o quarto…
Entretanto chegámos a outro acordo e felizmente fiquei com a nossa, a minha casa!
Talvez agora, que te contei isto, não percebas porque vou mudar de assunto mas deixa-me te contar o que aconteceu este domingo:
Saímos de casa a custo, por causa do frio, mas às 11h deixei a D numa festinha de aniversário, fui votar e de seguida ao supermercado fazer as compras para a semana.
Enquanto andava lá nos corredores reparo numa senhora idosa acompanhada da neta, não mais velha que os seus 12 anos, a dizer-lhe os preços dos produtos, a relembrar o que fazia falta ou que lhe fazia bem, tudo com um carinho na voz que me deixou enternecida…
Ao sair, encontrei-as no elevador e enquanto me dirigia para a garagem, elas escolheram o andar superior. Perguntei então se moravam perto e se queriam boleia, que estava muito frio e que a menina estava carregada com as compras (a avó apoiava-se numa bengala). Apesar de não ficar no meu caminho, levei-as até a casa perto do colégio dos Maristas; comentaram comigo que teriam de ir a pé ou que chamar um táxi…
Durante o caminho, a neta foi me indicando o trajecto, fruto de algumas boleias de uma tia que a trazia da escola; Apontaram-me o prédio e na chegada, a senhora perguntou-me o nome, apresentou-se e à neta, e agradeceu-me, dizendo que me queriam dar o contacto para eu telefonar sempre que precisasse de alguma coisa. Sugeri o oposto, de ficarem elas com o meu numero, e assim foi.
A senhora idosa reforçou e apontou para o andar que tinham alugado à 3 dias, pois tinham-se mudado de Almada.
Foi a casa que vi.
Dos vários anúncios que vi, e das várias lágrimas que chorei por ter ficado numa situação com uma qualidade de vida inferior, de ter de escolher outra escola para a minha menina e do conforto que a nossa casa tem… combinei com uma agência imobiliária e fui visitar um T1 na zona da Parede já a caminho de São Domingos de Rana. Foi a única casa que vi! E era num prédio de 3 andares, em que à entrada se sentia o cheiro da humidade e mofo, o chão da sala e do quarto era forrado a corticite, e a sala, a assoalhada maior, não tinha mais de 9 m2.
Na altura aceitei. Não tinha outro remédio! Não era vergonha nenhuma, não roubava, não me prostituía, e sabia que faria tudo para fazer a minha menina feliz e quentinha.
Mas no fundo… sofri muito!! E a verdade, por triste que seja, é que o M permitiria que a filha fosse viver numa casa naquelas condições. Sem aquecimento, onde teríamos de partilhar o quarto…
Entretanto chegámos a outro acordo e felizmente fiquei com a nossa, a minha casa!
Talvez agora, que te contei isto, não percebas porque vou mudar de assunto mas deixa-me te contar o que aconteceu este domingo:
Saímos de casa a custo, por causa do frio, mas às 11h deixei a D numa festinha de aniversário, fui votar e de seguida ao supermercado fazer as compras para a semana.
Enquanto andava lá nos corredores reparo numa senhora idosa acompanhada da neta, não mais velha que os seus 12 anos, a dizer-lhe os preços dos produtos, a relembrar o que fazia falta ou que lhe fazia bem, tudo com um carinho na voz que me deixou enternecida…
Ao sair, encontrei-as no elevador e enquanto me dirigia para a garagem, elas escolheram o andar superior. Perguntei então se moravam perto e se queriam boleia, que estava muito frio e que a menina estava carregada com as compras (a avó apoiava-se numa bengala). Apesar de não ficar no meu caminho, levei-as até a casa perto do colégio dos Maristas; comentaram comigo que teriam de ir a pé ou que chamar um táxi…
Durante o caminho, a neta foi me indicando o trajecto, fruto de algumas boleias de uma tia que a trazia da escola; Apontaram-me o prédio e na chegada, a senhora perguntou-me o nome, apresentou-se e à neta, e agradeceu-me, dizendo que me queriam dar o contacto para eu telefonar sempre que precisasse de alguma coisa. Sugeri o oposto, de ficarem elas com o meu numero, e assim foi.
A senhora idosa reforçou e apontou para o andar que tinham alugado à 3 dias, pois tinham-se mudado de Almada.
Foi a casa que vi.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Eleições
Compreendo e subscrevo o descrédito com que a maior parte de nós vê a classe politica.
Quando não me estão a aborrecer de morte, estão a dar-me uma depressão com as visões catastróficas do que o futuro nos reserva.
"Mas uma coisa sei, sei que só há 35 anos é que todas as mulheres podem votar em Portugal (podiam votar para as juntas de freguesia desde 1931 desde que fossem viúvas, divorciadas, separadas de pessoas e bens, com família própria e aquelas que estivessem casadas mas que os maridos estivessem no estrangeiro ou nas colónias e só se tivesse o ensino secundário ou fossem titulares de um curso superior com certificado).
Portanto, eu vou votar não no António, no José ou na Graciana.
Vou votar na democracia, no meu muito recentemente adquirido direito de poder contribuir e decidir sobre o destino de quem nos governa.
Vocês que estão a ler e não vão votar porque está a chover, ou porque está sol, ou porque querem ver a sessão da tarde pensem no séculos que milhões passaram a lutar por este direito.
Pensem nos quilómetros calcorreados em manifestações por todo o mundo para que vocês, todos vocês, o pudessem fazer livremente.
Não gostam de nenhum candidato, votem nas ideias.
Não gostam das ideias, votem naquele que promete melhores coisas para os vossos interesses. Não vos peço para votarem porque é dever cívico, digo-vos apenas que vou nem que seja por respeito aos nossos avós."
in http://cabradeservico.blogspot.com/2011/01/reposting.html
Quando não me estão a aborrecer de morte, estão a dar-me uma depressão com as visões catastróficas do que o futuro nos reserva.
"Mas uma coisa sei, sei que só há 35 anos é que todas as mulheres podem votar em Portugal (podiam votar para as juntas de freguesia desde 1931 desde que fossem viúvas, divorciadas, separadas de pessoas e bens, com família própria e aquelas que estivessem casadas mas que os maridos estivessem no estrangeiro ou nas colónias e só se tivesse o ensino secundário ou fossem titulares de um curso superior com certificado).
Portanto, eu vou votar não no António, no José ou na Graciana.
Vou votar na democracia, no meu muito recentemente adquirido direito de poder contribuir e decidir sobre o destino de quem nos governa.
Vocês que estão a ler e não vão votar porque está a chover, ou porque está sol, ou porque querem ver a sessão da tarde pensem no séculos que milhões passaram a lutar por este direito.
Pensem nos quilómetros calcorreados em manifestações por todo o mundo para que vocês, todos vocês, o pudessem fazer livremente.
Não gostam de nenhum candidato, votem nas ideias.
Não gostam das ideias, votem naquele que promete melhores coisas para os vossos interesses. Não vos peço para votarem porque é dever cívico, digo-vos apenas que vou nem que seja por respeito aos nossos avós."
in http://cabradeservico.blogspot.com/2011/01/reposting.html
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Duvidas existênciais
"Tu conheces-me melhor do que ninguém".
Estava a dizer isto a uma amiga e dou por mim a pensar que não é verdade.
Temos várias versões de nós próprios que damos a conhecer a pessoas diferentes e ninguém tem conhecimento da versão final.
Temos muitas camadas como a cebola.
Vamos tirando só as de cima para alguns, para outros tiramos quase todas, mas a quem mostramos mesmo o centro?
Estava a dizer isto a uma amiga e dou por mim a pensar que não é verdade.
Temos várias versões de nós próprios que damos a conhecer a pessoas diferentes e ninguém tem conhecimento da versão final.
Temos muitas camadas como a cebola.
Vamos tirando só as de cima para alguns, para outros tiramos quase todas, mas a quem mostramos mesmo o centro?
Vida social Infantil
- Recebeste um convite para a festa de aniversário do M. Queres ir?
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiim
- Mas eu nunca te ouvi falar deste menino, tu brincas com ele?
- Não. Ele é um chato, mas quero ir à sua festa. Eu gosto muito de festas!
- Ahhh ok.
- Podes-me perguntar mas eu vou dizer sempre que sim.
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiim
- Mas eu nunca te ouvi falar deste menino, tu brincas com ele?
- Não. Ele é um chato, mas quero ir à sua festa. Eu gosto muito de festas!
- Ahhh ok.
- Podes-me perguntar mas eu vou dizer sempre que sim.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
salto
Eh pá, isto não pode ser assim!!
É total incompetência e desrespeito pelo cidadão!!!
São mais despesas e cada vez com mais frequência!!!
Eu não percebo... se até designam de "arte", se faz parte da nossa tradição, se existem técnicas como meio-fio ou piso nos casos de lastro regularizado de concreto ou contra-piso... será assim tão difícil de fazerem a coisa como deve ser??!
É que andam nitidamente a poupar nos materiais catano!! não me venham com a desculpa das chuvas e tal!!
E ainda por cima, queres encontrar uma pessoa que te resolva o assunto e já não encontras como antigamente!! é verdade que antes também não havia assim ao pontapé... mas havia sempre alguém que sabia de um ou outro ao fim da rua ou ao virar da esquina! e mesmo que pagues uma taxa por ser uma urgência não te garantem que resolvem na hora!!
E olha que já aconteceu eu ficar com um na mão! assim sem mais nem menos!! e manter a graciosidade e o equilíbrio? não foi fácil... a minha sorte é que nessa altura ainda tinha quem me resolvesse o problema nas Twin Towers, porque agora até lá já fecharam!!
E não é depois de ir buscar a D à escola que eu posso ainda andar de um lado para outro à procura de um sapateiro que esteja aberto e fora o tempo que demoram a arranjar!! que merda de calçada pá!!!!
É total incompetência e desrespeito pelo cidadão!!!
São mais despesas e cada vez com mais frequência!!!
Eu não percebo... se até designam de "arte", se faz parte da nossa tradição, se existem técnicas como meio-fio ou piso nos casos de lastro regularizado de concreto ou contra-piso... será assim tão difícil de fazerem a coisa como deve ser??!
É que andam nitidamente a poupar nos materiais catano!! não me venham com a desculpa das chuvas e tal!!
E ainda por cima, queres encontrar uma pessoa que te resolva o assunto e já não encontras como antigamente!! é verdade que antes também não havia assim ao pontapé... mas havia sempre alguém que sabia de um ou outro ao fim da rua ou ao virar da esquina! e mesmo que pagues uma taxa por ser uma urgência não te garantem que resolvem na hora!!
E olha que já aconteceu eu ficar com um na mão! assim sem mais nem menos!! e manter a graciosidade e o equilíbrio? não foi fácil... a minha sorte é que nessa altura ainda tinha quem me resolvesse o problema nas Twin Towers, porque agora até lá já fecharam!!
E não é depois de ir buscar a D à escola que eu posso ainda andar de um lado para outro à procura de um sapateiro que esteja aberto e fora o tempo que demoram a arranjar!! que merda de calçada pá!!!!
5 anos + 3 dias
- Mamã porque é que os puns não se vêem?
- os punzinhos, filha? porque é um gás, como se fosse o vapor da água e não se vê..
- mas olha que me está a cheirar mal Mamã... mas não fui eu Mamã!!
- está bem querida...
- mas não se vêem mesmo Mamã?
- não querida. Mas têm duas características: ouvem-se quando fazem barulho e cheiram-se quando cheiram mal.
- ah, pois!
O que me espera senhor.....
- os punzinhos, filha? porque é um gás, como se fosse o vapor da água e não se vê..
- mas olha que me está a cheirar mal Mamã... mas não fui eu Mamã!!
- está bem querida...
- mas não se vêem mesmo Mamã?
- não querida. Mas têm duas características: ouvem-se quando fazem barulho e cheiram-se quando cheiram mal.
- ah, pois!
O que me espera senhor.....
5 anos + 2 dias
Passam 2 dias do seu aniversário e assim do nada, eis que surge a primeira pergunta difícil:
- Mamã como é que a sementinha vai parar à barriga?
"oih?!?! mas isto é algum automatismo despoletado pelo cérebro assim que sabe que celebra 5 aninhos de vida? alguma hormona que começa a ser desenvolvida e dispara perguntas sobre sexo? e aos 6, pergunta-me o quê? o que é a pílula do dia seguinte? ejaculação precoce??"
Respiro fundo e aqui vou eu:
- é o Papá que põe na barriga da Mamã, filha...
- sim, eu sei, mas como? é pela boca?
- não filha, é o Papá que guarda na pilinha e põe no pipi da Mamã..
- a sério Mamã? mas como? usam um aparelho?
- (pois.. realmente dito assim...) não querida... sabes, há uma coisa que os Papás e as Mamãs fazem que se chama fazer-amor e nessas alturas o Papá põe a pilinha dentro do pipi da Mamã e deixa lá a sementinha que começa a crescer dentro da barriga que está quentinha e confortável, como se fosse um ninho..
- ah, como os ovos que depois nascem os pintainhos?!
- sim, querida, é parecido só que os seres humanos não nascem dentro de ovos..
- ah, 'tá bem.
Prova suuuuuperada!! :)
- Mamã como é que a sementinha vai parar à barriga?
"oih?!?! mas isto é algum automatismo despoletado pelo cérebro assim que sabe que celebra 5 aninhos de vida? alguma hormona que começa a ser desenvolvida e dispara perguntas sobre sexo? e aos 6, pergunta-me o quê? o que é a pílula do dia seguinte? ejaculação precoce??"
Respiro fundo e aqui vou eu:
- é o Papá que põe na barriga da Mamã, filha...
- sim, eu sei, mas como? é pela boca?
- não filha, é o Papá que guarda na pilinha e põe no pipi da Mamã..
- a sério Mamã? mas como? usam um aparelho?
- (pois.. realmente dito assim...) não querida... sabes, há uma coisa que os Papás e as Mamãs fazem que se chama fazer-amor e nessas alturas o Papá põe a pilinha dentro do pipi da Mamã e deixa lá a sementinha que começa a crescer dentro da barriga que está quentinha e confortável, como se fosse um ninho..
- ah, como os ovos que depois nascem os pintainhos?!
- sim, querida, é parecido só que os seres humanos não nascem dentro de ovos..
- ah, 'tá bem.
Prova suuuuuperada!! :)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Palavra do dia
Tenho uma nova palavra de estimação... "ACHOLOGISMO"
Temos um país onde o "achologismo" é uma ciência, todos acham alguma coisa, apesar da maioria não as saber substanciar ...
Temos um país onde o "achologismo" é uma ciência, todos acham alguma coisa, apesar da maioria não as saber substanciar ...
como gosto de mimos
Amiga, esta é curtinha e só para te dizer que tenho recebido muitos mimos do meu web-lover-cam (reparaste que tirei o "-potencial-"?).
Ele é sms, e-mails, telefonemas, com certezas, com vontades e com planos.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii como eu gosto de mimos!!!
Ele é sms, e-mails, telefonemas, com certezas, com vontades e com planos.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii como eu gosto de mimos!!!
Ensaio sobre a dor
Fiz uma corridinha no inicio da semana por indicação do fisioterapeuta, para avaliar se já estou em condições de voltar a correr.
Entusiasmei-me e apesar de ter ficado com algumas dores fiz também uma aulinha de JAM e uma meia-hora na elíptica no ginásio. Supostamente não fariam mal porque não são exercicios de impacto. Ou talvez não ...
Resultado: as dores na perna voltaram à estaca zero.
Próximos passos: Mais três sessões de tratamento com repouso.
E lá fui para mais uma sessão de tortura ontem à noite.
O tratamento por eletroestimulação roça sempre o insuportável no que diz respeito à dor.
Ao ponto de dar por mim a pensar que a mesoterapia afinal até não dói assim tanto.
Estive ali uma hora e meia a fazer fisioterapia e não há 5 minutos que não sejam de dor.
Minto, no fim fez-me estalar os dedinhos dos pés e essa parte dói pouco. Ui!
A meio do tratamento disse-me que tenho uma lesão de atleta de elite. Seria para me alegrar?
Entusiasmei-me e apesar de ter ficado com algumas dores fiz também uma aulinha de JAM e uma meia-hora na elíptica no ginásio. Supostamente não fariam mal porque não são exercicios de impacto. Ou talvez não ...
Resultado: as dores na perna voltaram à estaca zero.
Próximos passos: Mais três sessões de tratamento com repouso.
E lá fui para mais uma sessão de tortura ontem à noite.
O tratamento por eletroestimulação roça sempre o insuportável no que diz respeito à dor.
Ao ponto de dar por mim a pensar que a mesoterapia afinal até não dói assim tanto.
Estive ali uma hora e meia a fazer fisioterapia e não há 5 minutos que não sejam de dor.
Minto, no fim fez-me estalar os dedinhos dos pés e essa parte dói pouco. Ui!
A meio do tratamento disse-me que tenho uma lesão de atleta de elite. Seria para me alegrar?
mi cama es tu cama
Já te tinha contado que a minha menina, desde a separação com o M, partilha a cama comigo? pois é...
Não é um bom hábito mas a verdade é que soube-me e sabe-me bem, ter aquele miminho, o seu corpo enroscadinho ao meu e aquelas mãos tão doces e pequeninas a aquecer-me..
Já a algum tempo que tenho vindo a tentar vender-lhe a ideia que tem de voltar para a cama dela, ainda agora que tem um dorsel tão bonito e um quarto tão cor-de-rosa, mas a moça não me vai na conversa!
Hoje aproveitei o facto de se ter portado mal e como castigo foi para a cama dela. Tem a vantagem de ir sossegadinha porque acata bem os castigos, mas a desvantagem que nos dias em que se porta bem, pensará que ganha automaticamente o direito de dormir comigo.
Já lhe perguntei inclusive "então e quando a Mamã tiver um namorado" mas a resposta foi simples e curta e ele, claro está, é recambiado para o quarto dela e ainda por cima gozona de ele ser um menino num quarto rosa!
Assim, voltámos à rotina antiga: deito-a na caminha, leio uma história e adormece comigo a fazer-lhe festinhas na cara. É certo que virá ter comigo (como veio há minutos) à procura de consolo mas, enquanto eu estiver acordada, volto-a a deitar no meio de beijos e ronrons na cama dela.
Mas, já lhe propus, porque tudo tem o seu momento e o seu equilíbrio, que aos fins-de-semana dormimos juntas :)
Não é um bom hábito mas a verdade é que soube-me e sabe-me bem, ter aquele miminho, o seu corpo enroscadinho ao meu e aquelas mãos tão doces e pequeninas a aquecer-me..
Já a algum tempo que tenho vindo a tentar vender-lhe a ideia que tem de voltar para a cama dela, ainda agora que tem um dorsel tão bonito e um quarto tão cor-de-rosa, mas a moça não me vai na conversa!
Hoje aproveitei o facto de se ter portado mal e como castigo foi para a cama dela. Tem a vantagem de ir sossegadinha porque acata bem os castigos, mas a desvantagem que nos dias em que se porta bem, pensará que ganha automaticamente o direito de dormir comigo.
Já lhe perguntei inclusive "então e quando a Mamã tiver um namorado" mas a resposta foi simples e curta e ele, claro está, é recambiado para o quarto dela e ainda por cima gozona de ele ser um menino num quarto rosa!
Assim, voltámos à rotina antiga: deito-a na caminha, leio uma história e adormece comigo a fazer-lhe festinhas na cara. É certo que virá ter comigo (como veio há minutos) à procura de consolo mas, enquanto eu estiver acordada, volto-a a deitar no meio de beijos e ronrons na cama dela.
Mas, já lhe propus, porque tudo tem o seu momento e o seu equilíbrio, que aos fins-de-semana dormimos juntas :)
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Solidariedade
Lembras-te quando te pedi ajuda para uma minha colega que está a tentar recomeçar a vida do zero com três filhos pequenos?
Fiquei impressionada com a rapidez com que, juntamente com mais colegas, criámos uma cadeia de solidariedade e com a quantidade de coisas que recolhemos para a ajudar neste momento difícil.
Não só disponibilizaram coisas usadas, em bom estado claro, como muita gente ofereceu coisas novas que tinha a mais em casa. É comovente.
Uma outra colega indicou uma amiga que disponibilizou a totalidade do recheio de uma casa que ia “desfazer” para a nossa colega verificar de que necessitava.
Desde sofás, camas, mesas, até aos panos da loiça, há de tudo. Tem sido extraordinário.
Já tinha ficado impressionada com a movimentação que se criou em Abril de 2009 para recolha de dadores de medula óssea que foi criada para ajudar uma menina aqui da Parede (não me lembro do nome, Joana?).
Estas pequenas demonstrações de entreajuda, em paralelo com outras circunstâncias fazem-me pensar que podia ser muito feliz numa qualquer ONG.
Estou a perder o meu tempo aqui.
Fiquei impressionada com a rapidez com que, juntamente com mais colegas, criámos uma cadeia de solidariedade e com a quantidade de coisas que recolhemos para a ajudar neste momento difícil.
Não só disponibilizaram coisas usadas, em bom estado claro, como muita gente ofereceu coisas novas que tinha a mais em casa. É comovente.
Uma outra colega indicou uma amiga que disponibilizou a totalidade do recheio de uma casa que ia “desfazer” para a nossa colega verificar de que necessitava.
Desde sofás, camas, mesas, até aos panos da loiça, há de tudo. Tem sido extraordinário.
Já tinha ficado impressionada com a movimentação que se criou em Abril de 2009 para recolha de dadores de medula óssea que foi criada para ajudar uma menina aqui da Parede (não me lembro do nome, Joana?).
Estas pequenas demonstrações de entreajuda, em paralelo com outras circunstâncias fazem-me pensar que podia ser muito feliz numa qualquer ONG.
Estou a perder o meu tempo aqui.
Torradas ...
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
saldos dizes tu?
Por acaso posso te adiantar que já andei por aí... a analisar o mercado no que diz respeito à oferta de consumíveis de primeira qualidade nomeadamente vestidos e brincos... e nada me seduziu.
Como realmente é um desperdício não se comprar qualquer coisita em saldos, ou atrevo-me mesmo a dizer que seria um acto contra-natura, acabei por comprar um casaco de malha preto - que vai sempre bem e só tenho 3 - e um vestido cinzento - porque lhe achei graça, porque era menos de 20€ e porque sim.
Aproveito para registar a minha admiração pelas empregadas da Zara, pois pode estar uma a dobrar camisolas na ponta de uma mesa e na ponta oposta três senhoras a fazer uma pilha das mesmas camisolas; não sei se recebem à comissão por cada camisola dobrada mas não obstante... admiro a persistência...
Como realmente é um desperdício não se comprar qualquer coisita em saldos, ou atrevo-me mesmo a dizer que seria um acto contra-natura, acabei por comprar um casaco de malha preto - que vai sempre bem e só tenho 3 - e um vestido cinzento - porque lhe achei graça, porque era menos de 20€ e porque sim.
Aproveito para registar a minha admiração pelas empregadas da Zara, pois pode estar uma a dobrar camisolas na ponta de uma mesa e na ponta oposta três senhoras a fazer uma pilha das mesmas camisolas; não sei se recebem à comissão por cada camisola dobrada mas não obstante... admiro a persistência...
coisas
Eh pá, hoje aconteceu-me uma coisa estranhissima: vi, logo de manhã a sair de casa, um carro que já me pertenceu à uns 7 anos e vi-o de novo ao chegar a casa!!!
Já viste isto?! Estás a ver o que se passou?? Um carro... hah... que já foi meu e no mesmo dia!!!! 'tás a ver, vejo-o duas vezes aqui perto de casa!!!
Xiça!!
(Entretanto lembrei-me que tenho de levar o meu à inspecção; será a sua e a minha primeira vez..)
Já viste isto?! Estás a ver o que se passou?? Um carro... hah... que já foi meu e no mesmo dia!!!! 'tás a ver, vejo-o duas vezes aqui perto de casa!!!
Xiça!!
(Entretanto lembrei-me que tenho de levar o meu à inspecção; será a sua e a minha primeira vez..)
Ai, ai, ai ...
Então isto é um blog feminino e ainda não falámos nos saldos? Não acho normal !
Estamos a falhar ...
Eu já fui duas vezes, mas sem compras extraordinárias a reportar ... continuo a achar as malas da Bimba&Lola caras demais para mim.
Agora com licença que vou ali só ver os "Friends", até amanhã!
Estamos a falhar ...
Eu já fui duas vezes, mas sem compras extraordinárias a reportar ... continuo a achar as malas da Bimba&Lola caras demais para mim.
Agora com licença que vou ali só ver os "Friends", até amanhã!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O Amor é ...
Estarmos entre lençóis quentinhos a ouvir a chuva cair lá fora ... adoro a sensação ...
que cliché romantico ...
e ouvir a tua respiração compassada passar a ressonar bem alto! Ui!
E agora como é que eu adormeço?
que cliché romantico ...
e ouvir a tua respiração compassada passar a ressonar bem alto! Ui!
E agora como é que eu adormeço?
é um petisco!
Hoje de manhã estava a pentear a D, antes de ela lavar a cara e os dentes, quando de repente me diz:
- ai Mamã... tenho aqui melgas..
- melgas filha?!?!? onde??
- aqui nos olhos..
- .... (ah... dessas...)
- ai Mamã... tenho aqui melgas..
- melgas filha?!?!? onde??
- aqui nos olhos..
- .... (ah... dessas...)
domingo, 9 de janeiro de 2011
A minha "prima ballerina"
Enquanto secava o cabelo da M. depois do banho dou por ela a fazer pliés!!!
Já te contei que a minha priminha está a fazer ballet no conservatório e vai agora (com 13 anos) fazer um curso de dança em NY?
Já te contei que a minha priminha está a fazer ballet no conservatório e vai agora (com 13 anos) fazer um curso de dança em NY?
sábado, 8 de janeiro de 2011
uma música para um momento
Depois de correr os meus habituais kms, desacelero o passo, volto para trás e desço as escadas ao lado do café do Mar dos Gémeos. Vou ao encontro do mar que bate com força e banha o chão irregular das rochas.. o vento é tão forte que levanta flocos de espuma das ondas e faz-os flutuar à minha frente. Sorrio.
Neste momento começa a música no iPod e fecho os olhos.
Por breves momentos esqueço que deixei a D em casa da B para vir correr.
Estico o pescoço e abro os olhos. Encontro um céu estrelado, a lua crescente e uma linha que se uniu à minha frente e o porque-teve-de-ser, a-vida-é-assim e não-há-mal-que-bem-não-traga a fazerem sentido.
Desço até à praia e apoio-me no muro para fazer as flexões; a música continua.
Alongo as pernas, os braços, respiro fundo e sinto-me em paz.
Quero absorver este momento e guardá-lo na minha memória.
Enquanto escrevo estas palavras, a mesma música toca.... assim:
Neste momento começa a música no iPod e fecho os olhos.
Por breves momentos esqueço que deixei a D em casa da B para vir correr.
Estico o pescoço e abro os olhos. Encontro um céu estrelado, a lua crescente e uma linha que se uniu à minha frente e o porque-teve-de-ser, a-vida-é-assim e não-há-mal-que-bem-não-traga a fazerem sentido.
Desço até à praia e apoio-me no muro para fazer as flexões; a música continua.
Alongo as pernas, os braços, respiro fundo e sinto-me em paz.
Quero absorver este momento e guardá-lo na minha memória.
Enquanto escrevo estas palavras, a mesma música toca.... assim:
amor por um amor proibido
(...)
"Mas compreendo, num relâmpago, o que até aqui não tinha compreendido: que a sua insegurança, para além da sua beleza, é o o que supremamente me perturba; e que essa mesma insegurança é o que dia para dia a vai tornando mais arrebatadora, como se assim pretendesse compensar-se ou compensar-me, inventando tudo, reinventando tudo, aderindo a tudo, excedendo tudo, sempre que voltamos a ser, em cima desse divã (cada vez, aliás, com maior frequência), uma renovada praia submersa, uma renascida árvore na horizontal.
(...)
Parvoíce, claro. Parvoíce e retórica à mistura. Mas nem a consciência de tais patacoadas conseguia minimamente afectar os gestos de adoração com que eu julgava imprimir definitivo contorno àqueles cabelos, àquelas pálpebras, àquele pescoço, àquelas espáduas. Em torno dos seus pés, o fato de linho, amarrotado e informe, cada vez evocava mais um bloco de mármore - de onde todo o corpo tivesse emergido. Tornava-se quase uma obsessão.
(...)
Pergunto a mim próprio se o seu amigo terá razão: neurótica, a Y? Ou até psicótica? Se assim for, poderei acaso gostar menos dela? Não será também psicótica a própria Beleza? Não será antes psicótico o amor da Beleza? Mas só a Beleza e o amor da Beleza, por mais psicóticos que sejam ou mais fora de moda que pareçam, conseguem afinal empolgar-me e fazer-me pairar acima do mundo.
Na última vez que se tinha aqui encontrado comigo - poucas horas antes, sim, da conversa que viria a travar com a Floripes - a Y subitamente exclamara, no momento em que os nossos corpos mais a compasso avançavam a caminho do êxtase:
«Sente? Não sente? Estamos com a mesma circulação.»
E, pouco depois, ambos de costas, lado a lado, como duas estátuas jacentes. No seu ténue fio de voz voltou a referir aquele instante:
«Não era circulação que eu queria dizer. Não era só a mesma circulação... Era também o mesmo sangue.»"
Excertos de "Um Amor Feliz" de David Mourão Ferreira
"Mas compreendo, num relâmpago, o que até aqui não tinha compreendido: que a sua insegurança, para além da sua beleza, é o o que supremamente me perturba; e que essa mesma insegurança é o que dia para dia a vai tornando mais arrebatadora, como se assim pretendesse compensar-se ou compensar-me, inventando tudo, reinventando tudo, aderindo a tudo, excedendo tudo, sempre que voltamos a ser, em cima desse divã (cada vez, aliás, com maior frequência), uma renovada praia submersa, uma renascida árvore na horizontal.
(...)
Parvoíce, claro. Parvoíce e retórica à mistura. Mas nem a consciência de tais patacoadas conseguia minimamente afectar os gestos de adoração com que eu julgava imprimir definitivo contorno àqueles cabelos, àquelas pálpebras, àquele pescoço, àquelas espáduas. Em torno dos seus pés, o fato de linho, amarrotado e informe, cada vez evocava mais um bloco de mármore - de onde todo o corpo tivesse emergido. Tornava-se quase uma obsessão.
(...)
Pergunto a mim próprio se o seu amigo terá razão: neurótica, a Y? Ou até psicótica? Se assim for, poderei acaso gostar menos dela? Não será também psicótica a própria Beleza? Não será antes psicótico o amor da Beleza? Mas só a Beleza e o amor da Beleza, por mais psicóticos que sejam ou mais fora de moda que pareçam, conseguem afinal empolgar-me e fazer-me pairar acima do mundo.
Na última vez que se tinha aqui encontrado comigo - poucas horas antes, sim, da conversa que viria a travar com a Floripes - a Y subitamente exclamara, no momento em que os nossos corpos mais a compasso avançavam a caminho do êxtase:
«Sente? Não sente? Estamos com a mesma circulação.»
E, pouco depois, ambos de costas, lado a lado, como duas estátuas jacentes. No seu ténue fio de voz voltou a referir aquele instante:
«Não era circulação que eu queria dizer. Não era só a mesma circulação... Era também o mesmo sangue.»"
Excertos de "Um Amor Feliz" de David Mourão Ferreira
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A lesão da grande atleta moi-même
Fui fazer um tratamento de fisioterapia que mais pareceu uma sessão de tortura para tratar a enorme inflamação que tenho no músculo gémeo anterior.
Não foi a primeira vez que fiz estes tratamentos, já os faço desde os meus tempos de rítmica, mas nunca tinha feito nada assim tão doloroso.
O fisioterapeuta começou com uma massagem vigorosa para perceber exactamente de que se tratava e só por aí já fiquei a trepar a marquesa quando ele “carregava” na lesão.
Informou-me que as minhas dores se devem a uma inflamação no músculo gémeo anterior e que devíamos fazer um tratamento de choque utilizado na alta competição denominado eletroestimulação neuromuscular para reabilitação, mesoterapia com anti-inflamatório e mais uma injecção de anti-inflamatório no traseiro.
Se só com a massagem já fiquei cheia de calores, com as correntes cheguei ao limite da minha tolerância à dor, mas aguentei-me como pude entre gemidos e risos nervosos.
-Ahhh isto não é pior do que uma dor de dentes – dizia-me ele
- Não sei, nunca tive.
- Segundo as mulheres, não é pior do que ter filhos. - insiste
- Também não sei, fiz duas cesarianas
- Pois …
(…)
- Posso dar-lhe uma injecção de anti-inflamatório?
- Não!
(…)
Enquanto fazia o tratamento foi-me explicando que agora devia ficar em repouso e voltar lá no sábado e então passámos à mesoterapia.
Ui!
- Realmente … eu nunca fiz mesoterapia para a celulite por não gostar de agulhas e agora estou aqui a fazê-la para a perna!
- Mas tu fazes acupunctura! – Responde o V.
- Não tem nada a ver, é completamente diferente.
Resumindo, saí de lá com uma parte da perna dormente e a outra dorida na zona onde antes tinha dores.
Tenho mesmo que voltar no sábado ???????
Adenda:
Dois dias depois ainda tenho a canela e o tornozelo inchados apesar de fazer gelo, não sinto a zona da mesoterapia, mas pelo menos já não me dói ...
Afinal dois tratamentos ainda não foram suficientes, a inflamação estava mais grave do que ele pensava. A sério? Ainda tenho que lá voltar mais uma vez.
Fiquei a pensar que os tratamentos de mesoterapia para a celulite deve dar umas pernas lindas nos dias a seguir … safa!
Não foi a primeira vez que fiz estes tratamentos, já os faço desde os meus tempos de rítmica, mas nunca tinha feito nada assim tão doloroso.
O fisioterapeuta começou com uma massagem vigorosa para perceber exactamente de que se tratava e só por aí já fiquei a trepar a marquesa quando ele “carregava” na lesão.
Informou-me que as minhas dores se devem a uma inflamação no músculo gémeo anterior e que devíamos fazer um tratamento de choque utilizado na alta competição denominado eletroestimulação neuromuscular para reabilitação, mesoterapia com anti-inflamatório e mais uma injecção de anti-inflamatório no traseiro.
Se só com a massagem já fiquei cheia de calores, com as correntes cheguei ao limite da minha tolerância à dor, mas aguentei-me como pude entre gemidos e risos nervosos.
-Ahhh isto não é pior do que uma dor de dentes – dizia-me ele
- Não sei, nunca tive.
- Segundo as mulheres, não é pior do que ter filhos. - insiste
- Também não sei, fiz duas cesarianas
- Pois …
(…)
- Posso dar-lhe uma injecção de anti-inflamatório?
- Não!
(…)
Enquanto fazia o tratamento foi-me explicando que agora devia ficar em repouso e voltar lá no sábado e então passámos à mesoterapia.
Ui!
- Realmente … eu nunca fiz mesoterapia para a celulite por não gostar de agulhas e agora estou aqui a fazê-la para a perna!
- Mas tu fazes acupunctura! – Responde o V.
- Não tem nada a ver, é completamente diferente.
Resumindo, saí de lá com uma parte da perna dormente e a outra dorida na zona onde antes tinha dores.
Tenho mesmo que voltar no sábado ???????
Adenda:
Dois dias depois ainda tenho a canela e o tornozelo inchados apesar de fazer gelo, não sinto a zona da mesoterapia, mas pelo menos já não me dói ...
Afinal dois tratamentos ainda não foram suficientes, a inflamação estava mais grave do que ele pensava. A sério? Ainda tenho que lá voltar mais uma vez.
Fiquei a pensar que os tratamentos de mesoterapia para a celulite deve dar umas pernas lindas nos dias a seguir … safa!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
era a lavadeira que adorava o menino
Este ano a escolinha da D não fez festa de Natal mas hoje - dia de Reis - tive direito a uma pequena peça de teatro.
Deixa-me dizer que a minha filhota é uma autêntica actriz!
Como a peça foi contada não sei se ela tem jeito para decorar e dizer os textos... mas tem um jeitinho para acenar quando estou a filmar e para agradecer.... ui... é a alma da festa!
É engraçado também filmar os Pais todos com as suas câmaras a captarem o momento, e com um sorriso parvo na cara de autênticos babados. O seu filho pode ser aquele que faz de árvore e fica o tempo todo sossegado e quieto, não fossem as suas raízes imaginárias mas não seja por isso que não lhe enche o orgulho!!
No final todos agradecem à educadora e elogiam os fatos, a música, as quadras... mas eu agradeço-lhe sempre o carinho. Sinto uma grande proximidade por quem fica com a minha filha todos os dias e faz com que ela acorde com vontade - apesar do sono - e a saltitar de alegria por ir para a escola!
É verdade que a D é muito meiga e amorosa mas fico muito satisfeita e descansada por saber que escolhi uma boa escola para ela. Só eu sei o esforço que é pagar sozinha todos os meses mais de 500€......
Deixa-me dizer que a minha filhota é uma autêntica actriz!
Como a peça foi contada não sei se ela tem jeito para decorar e dizer os textos... mas tem um jeitinho para acenar quando estou a filmar e para agradecer.... ui... é a alma da festa!
É engraçado também filmar os Pais todos com as suas câmaras a captarem o momento, e com um sorriso parvo na cara de autênticos babados. O seu filho pode ser aquele que faz de árvore e fica o tempo todo sossegado e quieto, não fossem as suas raízes imaginárias mas não seja por isso que não lhe enche o orgulho!!
No final todos agradecem à educadora e elogiam os fatos, a música, as quadras... mas eu agradeço-lhe sempre o carinho. Sinto uma grande proximidade por quem fica com a minha filha todos os dias e faz com que ela acorde com vontade - apesar do sono - e a saltitar de alegria por ir para a escola!
É verdade que a D é muito meiga e amorosa mas fico muito satisfeita e descansada por saber que escolhi uma boa escola para ela. Só eu sei o esforço que é pagar sozinha todos os meses mais de 500€......
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O Amor é ...
Conduzir de mão dada com ela.
Aquela mãozinha pequenina na minha é uma delicia.
Especialmente pela manhã, em que estou sempre com um humor de cão.
O meu carro é comercial :)
Aquela mãozinha pequenina na minha é uma delicia.
Especialmente pela manhã, em que estou sempre com um humor de cão.
O meu carro é comercial :)
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Ainda vou a tempo?
Não costumo fazer resoluções para o novo ano ...
Só peço que 2011 seja ainda melhor que este ano e que me consiga continuar a superar, nem que seja só nas corridas.
Era simpático perceber onde quero ir, já sei que não é aqui que quero ficar, mas ainda não sei para onde quero ir.
Adorava receber uma ultima e final visita da cegonha.
A nossa familia ainda não está completa e eu SEI que há alguém à minha espera, sinto-o na pele.
Mas o importante mesmo é termos todos saúde e alegria e o resto vem por arrastamento.
Só peço que 2011 seja ainda melhor que este ano e que me consiga continuar a superar, nem que seja só nas corridas.
Era simpático perceber onde quero ir, já sei que não é aqui que quero ficar, mas ainda não sei para onde quero ir.
Adorava receber uma ultima e final visita da cegonha.
A nossa familia ainda não está completa e eu SEI que há alguém à minha espera, sinto-o na pele.
Mas o importante mesmo é termos todos saúde e alegria e o resto vem por arrastamento.
domingo, 2 de janeiro de 2011
i'm not a c(r)ook
Tirei a minha filhota da banheira, envolvia-a na toalha e sentei-a ao meu colo enquanto a aqueço e beijo a carinha ainda molhada. Digo-lhe que quero ter uma conversa séria para que ela foque a atenção:
- sabes filhota, por vezes, as crianças que são filhas de pais separados como é o teu caso, ficam tristes e zangadas e se isso acontecer a Mamã quer que tu fales sim? queres me dizer alguma coisa?
- sim Mamã porque sabes... o Papá teve de procurar outras mulheres e tu também tens de procurar um marido.
- mas é assim tão importante para ti eu ter um namorado?
- é Mamã, porque assim o teu namorado pode fazer o jantar e tu brincas comigo! já viste Mamã, era tão giro o marido a fazer a comida e nós, as meninas a brincar no meu quarto!!
- ah, então é porque como a Mamã não tem namorado também não tenho ajuda e estou sempre a tratar das coisas, é isso filha?
- sim, Mamã... e eu quero que tu brinques comigo.
- está bem filhota... olha, e eu também te quero pedir desculpa porque às vezes estou triste ou chateada mas quero que saibas que não é contigo, sim querida?
- sim... eu sei... é com o Papá.
Cerejinha, conheces algum cozinheiro que faça assistência ao domicilio? Não precisa de ser engraçadinho, só tem de fazer o jantar enquanto eu brinco às pet-shops!
- sabes filhota, por vezes, as crianças que são filhas de pais separados como é o teu caso, ficam tristes e zangadas e se isso acontecer a Mamã quer que tu fales sim? queres me dizer alguma coisa?
- sim Mamã porque sabes... o Papá teve de procurar outras mulheres e tu também tens de procurar um marido.
- mas é assim tão importante para ti eu ter um namorado?
- é Mamã, porque assim o teu namorado pode fazer o jantar e tu brincas comigo! já viste Mamã, era tão giro o marido a fazer a comida e nós, as meninas a brincar no meu quarto!!
- ah, então é porque como a Mamã não tem namorado também não tenho ajuda e estou sempre a tratar das coisas, é isso filha?
- sim, Mamã... e eu quero que tu brinques comigo.
- está bem filhota... olha, e eu também te quero pedir desculpa porque às vezes estou triste ou chateada mas quero que saibas que não é contigo, sim querida?
- sim... eu sei... é com o Papá.
Cerejinha, conheces algum cozinheiro que faça assistência ao domicilio? Não precisa de ser engraçadinho, só tem de fazer o jantar enquanto eu brinco às pet-shops!
à tua volta
Sabes quando acordas e dás os primeiros passos ainda envolta no sonho? que mantens os olhos fechados e sentes na pele a emoção que não experimentaste? que consciente do horário, lavas os dentes a reviver toda a sua sequência? como começou? tiveste um sonho antes que te conduziu a este, como um caminho lógico de desejos e receios?
Sabes quando sentada à espera do autocarro, reparas em todo o movimento à tua volta? o trânsito que circula em ambos os sentidos, as pessoas que caminham atarefadas e vestidas de escuro, a água da chuva que desce a rua e encontra a sarjeta, os autocarros que passam com a lotação esgotada, as janelas embaciadas da respiração dos passageiros cujos pensamentos estão repletos de preocupações..
Sabes quando sentada na secretária, páras por um momento e sem fechares os olhos, imaginas a vida que acontece lá fora através da janela nas tuas costas, e com as tuas mãos paradas sob o teclado reparas nos vários pares de mãos à tua frente que batem em outras teclas, cada par pertencendo a um cérebro que comanda aqueles movimentos, com as suas vidas, passados, experiências, aspirações.. que todos os dias se sentam à tua frente, e todos os dias te devolvem os bons-dias e se despedem com o até-amanhã.
Sabes quando te olhas no espelho, páras de pentear o cabelo, deixas cair o braço devagar, apoias as mãos no balcão, aproximas-te do teu reflexo e procuras-te na irís dos teus olhos.. umas vezes encontras-te... outras continuas a procurar.
Sabes quando sentada à espera do autocarro, reparas em todo o movimento à tua volta? o trânsito que circula em ambos os sentidos, as pessoas que caminham atarefadas e vestidas de escuro, a água da chuva que desce a rua e encontra a sarjeta, os autocarros que passam com a lotação esgotada, as janelas embaciadas da respiração dos passageiros cujos pensamentos estão repletos de preocupações..
Sabes quando sentada na secretária, páras por um momento e sem fechares os olhos, imaginas a vida que acontece lá fora através da janela nas tuas costas, e com as tuas mãos paradas sob o teclado reparas nos vários pares de mãos à tua frente que batem em outras teclas, cada par pertencendo a um cérebro que comanda aqueles movimentos, com as suas vidas, passados, experiências, aspirações.. que todos os dias se sentam à tua frente, e todos os dias te devolvem os bons-dias e se despedem com o até-amanhã.
Sabes quando te olhas no espelho, páras de pentear o cabelo, deixas cair o braço devagar, apoias as mãos no balcão, aproximas-te do teu reflexo e procuras-te na irís dos teus olhos.. umas vezes encontras-te... outras continuas a procurar.
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