domingo, 19 de fevereiro de 2012

longe das minhas amigas

Ontem, já estavamos na cama, e comecei a chorar. Logo depois de ter comecado a rir à gargalhada sem qualquer motivo. É verdade que o moscatel, com que acompanhámos o jogo da sueca até às 2h da manhã em casa do P e da E, ajudou bastante mas foi o sentimento de culpa que despoletou esta sequência de emoçoes.
É que no inicio da manhã estive a falar com a B no skype e ela pôs-me ao corrente dos vários acontecimentos ocorridos ao longo da semana. Como é tipico dela, falou-me de tudo com um sorriso mas as palavras estavam carregadas de raiva e frustação.
E como posso estar eu às gargalhadas quando uma amiga minha está aflita, perguntei-me! Não posso, não é... Estar aqui longe da confusão, da crise, dos problemas financeiros e perspectivas de futuro, do colegio da menina que é particular, dos 80 euros do passe do comboio para o mais velho ir para a faculdade, das contas do veterinário por causa da gata velha e do problema de anca do cão, e agora do carro!
E eu aqui tão longe, não é amiga? Senti-me tão culpada! Desculpa-me B!
Admiro-te tanto pela tua força e inteligência, apesar da teimosia e casmurrice que te torna única, tens principios e imaginação, e orgulho! És uma Mãe maravilhosa, uma super-mulher! apesar de muitas vezes incompreendida, és uma amiga dedicada que nunca falha, uma profissional exemplar! agora sentes-te injustiçada, perdida e só!
- "Ai amiga, tens-me feito aqui tanta falta" - disseste-me tu....
E as tuas palavras não me saem da cabeça....


p.s.: este também é para ti, T!

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