quinta-feira, 23 de setembro de 2010

vida de campo

Os meus Pais vivem no campo.
Ainda têm a sua casa em Lisboa que a visitam sempre que têm consulta no médico. Fora isso.. lá está a ganhar pó e a desvalorizar.

De tempos a tempos visito os meus Pais.
Que vivem no campo.

Chego lá, grande festa, muitas saudades, como-vais-filha-estás-boazinha, está-tudo-bem-e-com-vocês, por-aqui-está-tudo-na-mesma e... assim é.

A minha Mãe faz as minhas comidas preferidas. Aquelas que não faço em casa: frango frito e pataniscas de bacalhau.
Ah, e sobremesas. Muitas!
E claro, não posso deixar restos. E claro, vai-se queixar que tem de andar a semana toda a comer as sobremesas que fez e eu não comi.
"Mãe, não comi porque fizeste sobremesas para um batalhão, só isso. Mas levo para casa e como durante a semana sim?...pois, na realidade, não.

Nesse fim-de-semana, os meus Pais fazem tudo para me sentir bem. Se for preciso, a minha Mãe leva-me o pequeno-almoço à cama (eu é que não deixo) e o meu Pai só faz barulho com o tractor depois das 8:30 (tendo em conta que está acordado desde as 6:00...admiro o esforço!).

E pomos as novidades em dia, claro está: a vizinha já matou os coelhos, estão a construir uma casa no monte acima, a mercearia não tem a manteiga que eu gosto, o meu Pai andou constipado mas agora está melhorzinho. E isto com a minha Mãe sempre de um lado para outro. Incansável. Com a comida, e a roupa, e os animais, e regar as flores, e a carrinha da fruta, e o bolo para vizinha, e o petisco-para-o-teu-Pai-levar-para-os-amigos-da-sueca. Sempre com um sorriso.

Visitar os meus Pais é mesmo como passar um fim-de-semana no campo. Depois de sentires a calma, de respirares fundo o ar puro... sentes vontade de voltar ao corre-corre da cidade.

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